segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Revolta das Vacinas



A Revolta da Vacina foi uma manifestação popular ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, contra a determinação do governo Pereira Passos que através do Sanitarista Oswaldo Cruz tornava obrigatório a vacinação para erradicação de doenças tropicais (febre amarela, varíola, malária e peste) além de melhorar as condições de higiene da então capital da república. Essa medida permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou.

Revolta de Canudos

A Revolta de Canudos aconteceu no início da República, no nordeste brasileiro, motivada pela miséria, seca e exploração dos grandes proprietários de terra – coronéis. Com um caráter messiânico, liderado por Antônio Conselheiro, o arraial de Canudos incomodou os coronéis que buscaram apoio na Igreja e no o governo através do exército que foi enviado para destruir Canudos. Foram quatro tentativas do exercito para acabar com Canudos, sendo a última bem sucedida gerando a destruição do arraial.

O cangaço

A prática do cangaço marcou um interessante momento da História do Brasil. Grupos de homens armados vagueavam pelos sertões, principalmente do Nordeste, buscando meios de sobrevivência, e o enfrentamento dos poderosos com o uso de suas armas e de sua coragem. Porém, seria somente dessa maneira que poderíamos compreender a prática do cangaço?

O próprio termo “cangaceiro”, em suas origens, faz referência ao termo “canga”, peça de madeira usualmente colocada nos muares e animas de transporte. Assim, a palavra cangaceiro, originalmente, faz uma alusão aos utensílios que os cangaceiros carregavam em seu corpo. Além disso, essa idéia heróica sobre os cangaceiros é equivocada. Os primeiros cangaceiros de que se tem relato eram, de fato, “prestadores de serviço” aos chefes políticos locais. Perseguiam e matavam os inimigos políticos dos coronéis de uma região.
Somente nos primeiros anos da República Oligárquica é que os primeiros grupos independentes de cangaceiros surgiram. Através de práticas criminosas esses grupos constituíram um grupo social à margem das estruturas de poder e das relações sociais vigentes durante o tempo das oligarquias. De acordo com seus interesses, os cangaceiros estabeleciam alianças com aqueles que oferecessem vantagens econômicas ou proteção às suas atividades.
Dessa maneira, não poderíamos dizer que o cangaço foi um movimento essencialmente comprometido com uma determinada classe social. Um dos primeiros cangaceiros que se tem registro é Antônio Silvino. Buscando vingar a morte do pai, ele formou um bando que lutava contra a polícia, promovia assaltos e armava “tocaias” contra autoridades governamentais. Anos mais tarde, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, formou um dos maiores e mais duradouros grupos de cangaço existentes na região Nordeste.
Sua família, de origem pernambucana, já se envolvia com a prática do cangaço. Fazendo parte, inicialmente, do bando de Sinhô Pereira, Lampião aprimorou sua habilidade em matar inimigos e realizar assaltos. Seu apelido foi criado devido a sua rapidez no gatilho e a luz que saia do cano de sua arma. Em 1922, ele passou a liderar o grupo de Sinhô Pereira.
Vários documentos demonstram as formas de ação do grupo de Lampião. Em algumas cartas de próprio punho, Lampião exigia o pagamento de quantias em dinheiro em troca da não-invasão às cidades. Estendendo sua ação e número de integrantes, o bando de Lampião chegou a atuar contra a Coluna Prestes, em 1926. Só no ano de 1938 que Lampião foi subjugado pelas forças militares do Estado. Os principais líderes de seu bando foram decapitados e tiveram as cabeças expostas em diferentes cidades nordestinas.
A decadência do cangaço tem grande ligação com o estabelecimento do Estado Novo. A criação de órgãos repressores mais atuantes e a desarticulação da influência exercida pelos grupos oligárquicos remanescentes podem ser apontadas como as possíveis razões para o fim desse movimento. Por fim devemos ver no cangaço, a crise provocada pelas relações excludentes que figuraram a construção histórica do próprio Brasil.

http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/cangaco.htm

Comentário:

O cangaço surgiu no nordeste brasileiro, formado por grupo de homens armados conhecidos como cangaceiros, esses grupos lutavam contra péssimas a miséria, a seca, a fome e a exploração trabalhista. Com atitudes violentas os cangaceiros, andavam em bandos armados, espalhavam o medo pelo sertão nordestino. Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a seqüestrar fazendeiros para obtenção de resgates

Postado por: Lucas Azevedo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Democracia

Democracia ("demo+kratos") é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos (forma mais usual). Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.
Comentário: A democracia foi um grande ganho das sociedades que ela vivenciam, pois ameniza as diferenças sociais e dá ao cidadão a oportunidade de demonstrar suas prefências e suas opiniões. Mas é muito importante que cada pessoa saiba usa-la, pois no caso da democracia representativa deve-se estar atento a quem elegemos para nos representar e depois de elege-lo verificar se ele está realmente governando em nome da maioria.

'Ficha Limpa' é um avanço, dizem políticos locais
Leila Gapy - Redação Cruzeiro do Sul
Vista como um avanço político e histórico no país, segundo especialista e políticos da região, a chamada “Ficha Limpa” - lei que impede a candidatura de condenados criminalmente por mais de um juiz em eleições públicas - ainda deve dar o que falar. Apesar da iniciativa popular ter sido, enfim, sancionada anteontem pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a questão polêmica gira em torno de sua abrangência. Afinal, ela valerá para as eleições deste ano? E para os já condenados ou para os condenados após sua promulgação? A questão que deve ser decidida em breve pelo Judiciário já é motivo de críticas. Para o cientista político Pedro Rocha Leme, apesar do otimismo com sua sanção, a definição de sua abrangência pode decepcionar o brasileiro.
Essa é a primeira vez na história brasileira que uma lei é sancionada, sem vetos, por um presidente, e foi encabeçada pela população. Isso porque mais de 1,6 milhão de pessoas assinaram tal solicitação, que foi protocolada na Câmara dos Deputados Federais em novembro passado e só em maio, recente, votada. “Estou otimista com essa sanção, é histórica. Trata-se de um avanço, resultado de uma opinião pública. As pessoas querem essa ordem na democracia. Mas se eles (deputados) quisessem mesmo essa limpeza teriam votado muito antes, no ano passado e já estaria valendo para este ano”, opinou Rocha Leme, que é doutor em Ciências Políticas e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.
Para o especialista, apesar de todo “progresso político positivo” em torno dessa lei, os políticos ainda devem achar “brechas” para se livrarem. “Eu não tenho dúvidas, apesar de estar nas mãos do Judiciário. No texto cabe várias interpretações e não alcança condenados administrativos, como pelo Tribunal de Contas. Esses casos que cabem recursos ainda escaparão. O que não deveria acontecer. Ou seja, quem teve contas rejeitadas passa, se candidata e tudo bem. Somente os casos de improbidade administrativa, condenações criminais no geral e, detalhe, condenados em segunda instância é que serão atingidos”, criticou ele. E acrescentou: “Mas temos que ser otimistas. Essa lei já foi um passo grande da sociedade brasileira”.
Comentário: Somente um país democrático é capaz de conseguir se resguardar de políticos que ferem os verdadeiros ideais de uma sociedade, que são corruptos e não governam para o povo. Como a própria reportagem cita, o “Ficha Limpa” foi uma iniciativa da sociedade e mostra o quanto estamos preocupados com quem escolhemos, pois somos dependentes daquilo que estes governantes fazem na sua vida publica e como eles utilizam o direito que lhes concedemos. Por mais que nossos representantes tentem fugir das suas responsabilidades para conosco esta iniciativa de buscar candidatos com fichas limpas demonstram que estamos aprendendo a usufruir dos direitos que um país democrático nos permite.